A leitura de Gálatas
6:1 nos mostra o que somos, se somos convertidos. Contudo, o conceito de
espiritualidade varia entre os diferentes grupos cristãos. Em alguns círculos,
a pessoa de boa prosa e que fala continuamente de religião é considerada muito
espiritual; outros aceitam a exuberância ruidosa como sinal de espiritualidade;
e, nalgumas denominações o homem que ora primeiro, mais comprido e mais alto,
obtém a reputação de ser o homem mais espiritual da assembléia.
Ora, um testemunho
vigoroso, orações frequentes e altos louvores podem ser inteiramente coerentes
com a espiritualidade, mas é importante compreender que estas coisas não a
constituem em si mesmas, nem provam que ela está presente.
Observemos algumas
características que devem estar presentes no homem espiritual:
1. Primeiro
é o desejo de ser santo, antes que ser feliz.
2. O
homem pode ser considerado espiritual quando quer ver a honra de Deus promovida
através da sua vida, mesmo que isto signifique que ele próprio deva sofrer
desonra ou perda temporária.
3. O
homem espiritual; deseja levar a sua cruz. Muitos cristãos aceitam a
adversidade ou a tribulação como um suspiro e dizem que é a sua cruz,
esquecidos de que essas coisas sobrevêm igualmente ao santo e ao pecador. A
cruz é aquela adversidade extraordinária que nos sobrevêm como resultado da
nossa obediência a Cristo. Esta cruz não nos é imposta; nos a tomamos
voluntariamente com pleno conhecimento das consequências.
4. Ainda,
o cristão é espiritual quando vê todas as coisas do ponto de vista de Deus. A
capacidade de pesar todas as coisas na balança divina, e de atribuir-lhe o
mesmo valor atribuído por Deus, é sinal de vida cheia do Espírito.
5. Outro
desejo que caracteriza o homem espiritual é morrer com retidão antes que viver
no erro.
6. O
desejo de ver outros progredirem às suas custas é outra característica do homem
espiritual. Quer ver outros cristãos acima dele, e fica feliz quando eles são
promovidos e ele é deixado de lado.
7. O
homem espiritual habitualmente faz julgamentos segundo a eternidade, e não
julgamentos temporais.
Autor: A. W. TOZER
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