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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

DEUS É QUEM ESTÁ NO CONTROLE


Devocionário Cada dia – LPC Comunicações
“Ninguém conseguia resistir-lhes, porquanto todos os povos estavam com medo deles.” Et 9.2

A parte final do livro de Ester traz a informação de que todos aqueles que conspiravam para colocar em prática o plano de Hamã e exterminar o povo de Deus foram confrontados e vencidos, nenhum deles permaneceu. O intuito do texto é mostrar que Deus está no controle e não deixa as coisas por fazer, nem pela metade. Ele efetivamente livrou o povo de ser destruído.

Esse mesmo Deus é quem está também no controle de nossa vida e a sabedoria de Deus nos ensina que aquele que começou uma boa obra em nós há de concluí-la. Deus, da mesma maneira, não age e se importa apenas parcialmente conosco. Você pode pensar que ele se importa apenas com a sua vida religiosa. Mas isso não é verdade, Deus nos vê como um todo e se importa conosco integralmente. Com a nossa saúde física, com o nosso estado emocional e com o nosso amadurecimento espiritual.

Perceba hoje como Deus tem cuidado de você ao longo de sua história, em todas as áreas e esferas de sua existência. Mesmo nos momentos mais difíceis e complicados. E, lembre-se, por mais que pareça aos seus olhos que no atual momento ele abandou você e você se sente sozinho e não consegue percebê-lo agindo em seu favor, ele é soberano e está no controle de todas as coisas.


Aprendendo a combater fogo com fogo

O trecho abaixo foi extraído com permissão do livro Lutando contra a Incredulidade, de John Piper, da Editora Fiel.

Estar satisfeito com tudo o que Deus promete ser para nós em Jesus Cristo é a essência da fé na graça futura. Tenha em mente que, quando falo da fé na graça futura ou satisfação naquilo que Deus promete ser para nós, eu estou assumindo que uma parte essencial dessa fé e dessa satisfação é uma compreensão de Cristo como o substituto para suportar o nosso pecado, cuja obediência perfeita a Deus nos é imputada através da fé. Em outras palavras, a fé na graça futura abarca a base de todas as promessas, bem como as promessas em si. Ela entesoura Cristo como aquele cujo sangue e justiça fornecem o fundamento para toda a graça futura. E entesoura tudo o que Deus agora promete ser para nós em Cristo, por causa da obra fundamental. Sempre que falo de fé como sendo satisfeita em tudo o que Deus é para nós em Jesus, estou incluindo tudo isso nessa fé.
Essa fé é o poder que corta a raiz do pecado. O pecado tem poder por causa das promessas que faz a nós. Ele fala assim: “Se você mentir na sua declaração de imposto de renda, você terá dinheiro extra para conseguir aquilo que lhe fará mais feliz”. “Se você olhar esta pornografia, você terá uma onda de prazer que é melhor do que as alegrias de uma consciência limpa.” “Se você comer estes biscoitos quando ninguém estiver olhando, isso amenizará o seu senso de remorso e ajudará a lidar com a situação melhor do que qualquer outra coisa agora.” Ninguém peca por obrigação. Nós pecamos porque acreditamos nas promessas enganosas que o pecado faz. A Bíblia adverte “que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado” (Hb 3:13). As promessas do pecado são mentiras. Lutar contra a incredulidade e pela fé na graça futura significa que combatemos fogo com fogo.

Nós lançamos as promessas de Deus contra as promessas do pecado. Nós nos agarramos a alguma grande promessa que Deus fez sobre o nosso futuro e dizemos a um pecado em particular: “Faça igual”! Dessa forma, fazemos o que Paulo diz em Romanos 8:13: “Se pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo”. John Owen escreveu um livro baseado nesse versículo e resumiu com: “Esteja matando o pecado, ou ele estará matando você”. Nós mortificamos os feitos pecaminosos antes que eles aconteçam, quando cortamos a raiz que lhes sustenta: as mentiras do pecado.
Fazer isso “pelo Espírito” significa que confiamos no poder do Espírito e, então, manejamos a “espada do Espírito”, que é a palavra de Deus (Efésios 6:17). A “palavra de Deus” é, em seu âmago, o evangelho, e então tudo o que Deus falou na sua palavra revelada. O evangelho da morte e ressurreição de Cristo não é apenas o núcleo, mas o fundamento de todas as promessas de Deus. Esse é o ponto da lógica de Romanos 8:32: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas”? “Todas as coisas” que precisamos – o cumprimento de todas as promessas de Deus – são garantidas pelo Pai ao não poupar o seu Filho.

Ou, para colocar de forma positiva, todas as promessas de Deus estão garantidas a nós porque Deus enviou seu Filho para viver e morrer, a fim de cancelar os nossos pecados e tornar-se a nossa justiça. Então, quando eu digo que nós manejamos a Palavra de Deus, a espada do Espírito, o que quero dizer é que nós nos apegamos fortemente a essa verdade do evangelho centralizado em Cristo, com todas as suas promessas, e confiamos nelas em cada situação. Nós cortamos a corda de salvamento do pecado pelo poder de uma promessa superior. Ou, dito de forma mais positiva, nós liberamos o fluxo de amor pela fé na graça futura. Nós nos tornamos pessoas amorosas ao confiar nas promessas de Deus.



Neste livro, o pastor John Piper fornece um guia bíblico de como encontrar alegria e vitória do evangelho e, assim, enfrentar as lutas contra o pecado que nos conduz à incredulidade, como a ansiedade, o orgulho, a vergonha imprópria, a impaciência, a cobiça, a amargura, o abatimento e a lascívia.

Fonte: https://voltemosaoevangelho.com

A Psicologia ajuda ou atrapalha no Aconselhamento Cristão?


Um dos conflitos mais persistentes e agudos no ministério pastoral é aquele relacionado com o uso da psicologia no aconselhamento e na cura de almas. O cuidado da alma, ou a “cura d’alma” como era chamado o ministério de aconselhamento no passado, sempre foi visto como parte integrante do ministério pastoral.
De fato, esse trabalho era visto como uma extensão do ministério da Palavra, uma chance de pregar a Palavra de Deus de forma individualizada, instruindo, repreendendo, corrigindo e educando o crente de forma personalizada, sensível ao indivíduo e as circunstâncias e vicissitudes da vida.
Hoje, o campo do aconselhamento, da psicoterapia e da “cura d’alma” tem sido transformado em campo de batalha. A psicologia secular a-religiosa, ou anti-religiosa, procura excluir o pastor do cuidado da psique, até mesmo sugerindo que a fé é um dos complicadores dos problemas psicológicos. Por outro lado, alguns pastores erroneamente aceitam a declaração de guerra e rejeitam a psicologia in toto, afirmando que uma visão bíblica invalida qualquer reflexão psicológica (anti-psicologia). E ainda alguns outros, pastores, psicólogos e psiquiatras cristãos acham que uma mistura entre os preceitos bíblicos e o conhecimento psicológico possibilita uma síntese (integração) que capacita tanto os pastores quanto os psicólogos para maior êxito. Talvez grande parte da discussão pudesse ser esclarecida se lembrássemos de alguns pontos chaves:
1.    Toda problemática humana nos relacionamentos com o próximo e consigo mesmo tem como pano de fundo a relação com Deus. Sendo assim, a tentativa de entender e ajudar o homem nas questões da alma, do coração, sem levar Deus em conta, sem considerar o que a revelação diz a respeito do homem e de seus problemas é fadada ao insucesso.
2.    Isso não significa que as observações e as perspectivas das psicologias não devam ser aproveitadas. Tal aproveitamento, entretanto, não pode ser uma mera síntese, uma mistura, ou uma integração, pois correríamos o risco de acabarmos com uma teologia pastoral psicologizada, como tem ocorrido muito em nosso tempo, ou uma psicologia pseudo-científica e teologizada.
Existe uma alternativa que evita estes perigos. Primeiro, reconhecer que só a Palavra de Deus oferece um retrato acurado do homem, em seu estado original (antes da queda), em seu estado atual (decaído e atormentado pelo pecado) e nas possibilidades de seu novo estado como ser redimido e progressivamente conformado à imagem do varão perfeito, Jesus Cristo (o padrão de uma alma, ou psique, saudável).
Segundo, reconhecer que só a Palavra de Deus estabelece os meios e os processos mediante os quais as pessoas podem ser auxiliadas na aplicação da Redenção nas diversas áreas de seus relacionamentos com Deus, com o próximo e com elas mesmas.
Terceiro, reconhecer que as observações e a sabedoria acumuladas mediante os esforços daqueles que se especializam em observar o comportamento e as dinâmicas da alma humana podem e devem ser aproveitados para o enriquecimento da prática pastoral do aconselhamento, desde que devidamente reorientadas pelos pressupostos e preceitos da Palavra.
Por fim, lembremos que a única paz completa e permanente que poderemos experimentar é aquela prometida por Jesus Cristo, “deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14.27), a qual só se manifestará plenamente em sua vinda e no seu Reino.

Rev. Augustus Nicodemus Lopes

Fonte: https://palavraprudente.com.br

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PENSANDO ALÉM DE SI MESMO


Devocionário Cada dia – LPC Comunicações
“Pois, como suportarei ver a desgraça que cairá sobre meu o povo? Como suportarei a destruição da minha própria família?” Et 8.6

Depois de tanta insegurança, sofrimento e preocupação, Ester percebe que, enfim, ela e Mardoqueu, seu primo que a criou, estão seguros debaixo do cuidado do rei. Porém, isso não é suficiente para ela. Ela não se satisfaz apenas com sua situação aparentemente resolvida. Ela pensa além de si mesma e se preocupa com o sofrimento de seu povo.

Vivemos em uma sociedade altamente individualista. No início do século 19 o filósofo alemão Max Stirner, um dos sistematizadores dessa visão, escreveu que no mundo havia dois tipos de pessoas, as que eram egoístas, sabiam que eram egoístas e faziam tudo para satisfazer seu egoísmo, e aquelas que eram egoístas e achavam que não eram. Para Stirner, todo o ser humano não pensava em nada mais do que em seu próprio umbigo e nesse caso, conscientemente, deveria se utilizar do que fosse necessário para sua autossatisfação.

A sabedoria de Deus nos conduz completamente na contramão desse pensamento. O próprio Jesus nos ensinou que devemos amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Um grande sinal de maturidade cristã é começar a pensar no bem estar dos outros além de si mesmo. Que hoje com suas atitudes você possa demonstrar que compreendeu o amor de Deus sendo compassivo e transbordando do amor que aprendeu dele.


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Como manter uma igreja viva?


Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 1:10-20, onde o profeta repreende a Igreja do Antigo Testamento, chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela devassidão e iniquidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não mais ter qualquer prazer em receber o culto e a adoração dele. Infelizmente, esse quadro de decadência e corrupção da Igreja de Deus neste mundo se repetiu por muitas vezes através da história. Nestes períodos o povo de Deus esfria em sua fé, endurece o coração, persevera no pecado e serve de péssimo testemunho ao mundo.
Nosso dever como Igreja e cristãos individuais é evitar que a decadência espiritual entre em nossas vidas. Existem quatro coisas que podemos fazer para evitar o declínio espiritual da Igreja, com a graça de Deus:
(1) Tratar o pecado com seriedade. Nada arruina mais depressa a vida espiritual de uma comunidade do que permitir que os pecados dos seus membros permaneçam sem ser tratados como deveriam. Lemos na Bíblia que quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as conseqüências. Nossos pecados não são problema: mas os nossos pecados ocultos, escondidos, não confessados, arrependidos, se constituem um tropeço espiritual, que entristece o Espírito de Deus, e acaba se espalhando pela Igreja e envenenando os bons costumes e a fé.
(2) Zelar pela sã doutrina. A verdade salva e edifica a Igreja, mas a mentira é a sua ruína. O erro religioso envenena as almas e desvia o povo dos retos caminhos de Deus. O Senhor Jesus criticou severamente a Igreja de Pérgamo por ser demasiadamente tolerante para com os falsos mestres que infestavam a comunidade com falsos ensinos (Apocalipse 2.14-15). Da mesma forma, repreendeu a Igreja de Tiatira por tolerar uma mulher chamada Jezabel, que se chamava profetiza, e que ensinava os membros da Igreja a praticar a imoralidade (Apocalipse 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes, mas nunca ao preço de comprometermos o ensino claro do Evangelho.
(3) Andar perto do Senhor da Igreja. É Deus quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que se nós nos achegarmos a Deus, ele se achegará a nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu os meios pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Estes meios são: os cultos públicos, as orações e devoções em particular, a leitura e a meditação nas Escrituras, a participação regular na Ceia do Senhor. Cristãos que deixam de usar estes meios acabam por decair espiritualmente, como uma brasa que é afastada da fogueira e logo perde seu calor. A negligência destes meios de graça abre a porta para a acelerada decadência espiritual e moral de uma Igreja.
(4) Estar aberta para reformar-se. O lema das Igrejas que nasceram da Reforma foi “Eclesia Reformata Semper Reformanda”. Ou seja, a Igreja deve sempre estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. Nas cartas que mandou às igrejas da Ásia Menor através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou às que estavam erradas a que se arrependessem e retornassem aos retos caminhos de Deus (Apocalipse 2.5,16,21; 3.3,19). Elas precisavam ser reformadas e mudar o que estava errado. Existe grande perigo para uma igreja quando ela se fecha em si mesma, e deixa de ouvir a voz do seu Senhor, que deseja corrigi-la e traze-la de volta aos caminhos do Evangelho.
Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, individualmente. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo acesa a chama da fé pela frequência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão com outros irmãos. Infelizmente, por negligenciarem sua vida espiritual, muitos cristãos estão contribuindo para enfraquecer o testemunho das igrejas evangélicas no mundo.

Por: Augustus Nicodemus. Website: voltemosaoevangelho.com.

Augustus Nicodemus é bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Cristã de Potchefstroom, na África do Sul, e doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na Universidade Reformada de Kampen, na Holanda.

APRENDENDO A SE SUBMETER

Devocionário Cada dia – LPC Comunicações
“Ester havia mantido segredo... conforme a ordem de Mardoqueu... como fazia quando ainda estava sob sua tutela.” Et 2.20

Mardoqueu de fato era uma referência na vida de Ester. Era a ele que ela ouvia quando precisava tomar alguma decisão difícil. E ele tinha liberdade em poder mostrar a ela se havia algum equívoco em suas atitudes e, de maneira assertiva, apontava a direção na qual ela deveria seguir. Ele a ajuda a discernir qual era a vontade de Deus para a vida dela.

Eu costumo dizer que todo cristão maduro, ao acordar, deve fazer a si mesmo três perguntas: a quem eu me submeto? Com quem eu compartilho? De quem eu cuido? São três diferentes esferas de submissão que precisam estar presentes em nossa vida. Precisamos saber a quem nos submetemos, quem de fato nós ouvimos, pois se não tivermos ninguém, estaremos à mercê do nosso próprio coração e a Bíblia nos ensina que nosso coração é enganoso e pode nos causar muitos males.

É importante também a sujeição mútua, por isso é necessário ter alguém com quem compartilhar, pois ao guardar tudo para você, em algum momento você irá “explodir”. Por último, é preciso ter alguém de quem cuidamos, que nos enxerga como essa referência, pois isso significa que estamos amadurecendo e frutificando. Procure responder hoje a estas três perguntas e se alguma dessas esferas estiver vazia, peça a Deus para mostrar a você quem pode preenchê-la.

Fonte: https://lpc.org.br/

terça-feira, 4 de setembro de 2018

DIA DE JEJUM PELA NAÇÃO BRASILEIRA


FALANDO COM ATITUDES


Devocionário Cada dia – LPC Comunicações
“Quando chegou a vez de Ester... ela não pediu nada além daquilo que Hegai, oficial responsável pelo harém, sugeriu.” Et 2.15

O texto bíblico faz questão de constantemente focar nas atitudes e no comportamento de Ester e como ela conseguia tocar o coração daqueles com quem convivia de maneira tão sincera e amorosa. Ao ponto de ser auxiliada e admirada. Sua maneira de se comportar era diferente das demais moças na mesma situação que ela.

O amor com qual Ester foi criada transbordava dela, porque mais do que um sentimento, amor é uma atitude. É assim que Deus nos ensina, pois por amar ao mundo ele deu seu único filho para que todos que acreditassem nele, não perecessem, mas herdassem a vida eterna. E é dessa maneira que devemos viver através de nossas ações, atitudes e escolhas, deixando transparecer o amor de Deus. Jesus, em seus ensinamentos, coloca seus discípulos como sal da terra, luz do mundo e agentes do Reino que fazem a diferença na história. 

As suas atitudes transbordam amor ou ódio, alegria ou raiva, humildade ou orgulho, mansidão ou ira, compaixão ou indiferença? Escrevendo aos Filipenses, o apóstolo Paulo afirma que aqueles que são justificados em Cristo devem brilhar como estrelas no universo, mesmo em meio a uma geração corrompida. Que no dia de hoje você possa refletir sobre suas ações e decidir transbordar do amor de Deus.


JEJUM, UMA PRÁTICA A SER RESGATADA


O jejum é bíblico. Está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento.
Os profetas, os apóstolos, o próprio Jesus, bem como muitos servos de Deus do  passado como Agostinho, Lutero, Calvino, John Knox, John Wesley, Dwight Moody e outros mais através da história praticaram o jejum. Ainda hoje, o jejum é uma prática devocional importante que não pode ser esquecida pela igreja.
John Piper definiu jejum como fome de Deus e não apenas pelas bênçãos de Deus. O jejum cristão nasce exatamente da saudade de Deus. O jejum é um teste para conhecermos qual é o desejo que nos controla. Mais do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. Firmado nessa compreensão Martyn Lloyd-Jones diz que o jejum não pode ser entendido apenas como uma abstinência de alimentos, mas deve também incluir abstinência de qualquer coisa que é legítima em si mesma por amor de algum propósito espiritual.
O que é jejum? É a abstenção de alimento por um período definido para um propósito definido. O jejum não é apenas abstinência de alimento. Não é um regime para emagrecer. Ele deve ter propósitos espirituais claros. Jejum é fome de Deus, é saudade do céu. A comunhão com Deus deve ser a nossa mais urgente e apetitosa refeição. Nós glorificamos a Deus quando o preferimos acima dos seus dons.
Na verdade, devemos comer e jejuar para a glória de Deus (1Co 10.31). Quando nós comemos, saboreamos o emblema do nosso alimento celestial, o Pão da Vida. E quando jejuamos, dizemos, “eu amo a realidade acima do emblema”. O alimento é bom, mas Deus é melhor (Mt 4.4). Na verdade quanto mais profundamente andamos com Cristo, mais famintos nós nos tornamos dele, mais saudade temos dele, mais desejamos da plenitude de Deus em nossa vida.
Nós vivemos numa geração cujo deus é o estômago (Fp 3.19). Muitas pessoas deleitam-se apenas nas bênçãos de Deus e não no Deus das bênçãos. Quem jejua tem mais pressa de desfrutar da intimidade com Deus do que alimentar-se. Quem jejua tem mais fome do Pão do Céu do que do pão da terra. Quem jejua tem mais saudade do Pai do que das suas bênçãos. Quem jejua está mais confiado no poder que vem do céu do que nos recursos que procedem da terra.
O propósito do jejum não é obter o favor de Deus ou mudar sua vontade (Is 58.1-12). Também não é para impressionar os outros com uma espiritualidade farisaica (Mc 6.16-18). Nem é proclamar a nossa espiritualidade diante dos homens. O jejum deve ser uma demonstração do nosso amor a Deus. Jejuar para ser admirado pelos homens é uma motivação errada. Jejum é fome de Deus e não de aplausos humanos (Lc 18.12). O jejum é para nos humilharmos diante de Deus (Dn 10-12), para suplicarmos sua ajuda (2Cr 20.3; Et 4.16) e para nos retornarmos para ele de todo o nosso coração (Jl 2.12,13). O jejum para reconhecermos nossa total dependência da proteção divina (Ed 8.21-23). O jejum é um instrumento para fortalecer-nos com o poder divino em face dos ataques do inferno (Mc 9.28,29).
Deus tem realizado grandes intervenções na história através da oração e do jejum do seu povo. Quando deu a lei para o seu povo, Moisés dedicou quarenta dias à oração e ao jejum no Monte Sinai. Deus libertou Josafá das mãos dos seus inimigos quando ele e seu povo se humilharam em oração e jejum (2Cr 20.3,4,14,15,20,21).
Deus libertou o seu povo da morte através da oração e jejum da rainha Ester e do povo judeu (Et 4.16). Deus usou Neemias para restaurar Jerusalém quando este orou e jejuou (Ne 1.4). Deus usou Paulo e Barnabé para plantar igrejas no Império Romano quando eles devotaram-se à oração e ao jejum (At 13.1-4). Os grandes reavivamentos na história da igreja foram respostas de oração e jejum. As campanhas evangelísticas com resultados mais promissores são regadas pela oração da igreja e o jejum dos fiéis. Aqueles que mais conhecem a intimidade de Deus e mais se deleitam nele são aqueles que praticam o jejum com certa regularidade.
Hoje temos muitos motivos que deveriam nos levar a jejuar. Precisamos urgentemente da intervenção de Deus em nossa vida, em nossa família, em nossa igreja, em nosso país. Que Deus nos desperte para orar e jejuar!
É tempo da igreja jejuar! É tempo da igreja voltar-se para Deus de todo o seu coração, com jejuns e com pranto. É tempo de buscar um reavivamento verdadeiro que traga fome de Deus em nossas entranhas, que traga anseio por um profundo despertamento da realidade de Deus em nossa igreja, em nossa cidade, em nossa nação!
Que Deus nos leve a uma vida de quebrantamento e santidade! Que Deus sacie a nossa alma nos ricos banquetes da sua graça!

Rev. Hernandes Dias Lopes