Stephen Fry, um ateu declarado, perguntou: “Se Deus é
todo-bom e todo-poderoso como as Escrituras afirmam, então, por que ele permite
que pessoas boas sofram o mal?” Todos somos confrontados assim: o diagnóstico
de um amigo querido com uma doença terminal; o abuso do filho de um vizinho;
terroristas em uma lanchonete; furacões que devastam ilhas inteiras. Quando os
céticos fazem essa pergunta — ou quando outros cristãos questionam, ou
quando você pergunta — qual é uma resposta bíblica?
É essencial distinguir e incluir cuidadosamente duas
partes da questão: a cabeça/lado intelectual e o coração/lado emocional. No
momento do sofrimento, uma resposta orientada para a cabeça (“Essa é a vontade
de Deus”) — mesmo sendo doutrinariamente correta — pode não ser um bálsamo para
a alma angustiada. Muitas vezes, a resposta sensível vem em primeiro lugar. Mas
ela deve ser fundamentada no lado intelectual, então começamos nesse lado e
depois voltaremos para o lado emocional.
A questão da cabeça/intelectual pode ser reformulada
da seguinte forma: O sofrimento de pessoas boas contradiz a Deus? Pois, se ele
permite que tais coisas aconteçam, isso não prova que ele não é bom, não é
todo-poderoso, ou não existe? Algumas respostas devem ser dadas:
1. A questão pressupõe que existe algo como “bom” e
“mal” para começar. O fato de que alguém possa protestar contra o mal requer um
padrão para o bem e o mal fora de qualquer indivíduo ou cultura, que só pode
vir de Deus e que foi revelado a todos (Rm 1.19-20; 2.12-16).
2. A questão assume que Deus nunca tem boas razões
para o sofrimento. Todavia, de acordo com as Escrituras, Deus tem tais motivos,
mesmo que não gostemos ou não os entendamos. O sofrimento pode ser devido ao
estado caído da criação (Rm 8.19-22); o sofrimento pode ser um castigo pelo
pecado (Jz 2.11-15), embora nem sempre (Jo 9.1-3); Deus pode permitir que
Satanás o imponha (Jó 1—2); pode mostrar a justiça de Deus (Rm 9.19-26), pode
levar os pecadores ao arrependimento (Sl 119.71); pode ser usado para promover
o reino de Deus (1Pe 4.12-19) e nos santificar (Rm 5.3-5; Tg 1.2-4). De fato, o
exemplo mais surpreendente de algo ruim que aconteceu a uma pessoa boa — a
morte de Jesus — operou o bem da salvação (At 2.22-24; 4.8-12). Mas, às vezes,
quando enfrentamos os males mais incompreensíveis e inexplicáveis, podemos
confiar que os caminhos de Deus são mais elevados do que os nossos (Rm
11.33-36).
Nenhuma outra cosmovisão pode explicar esse fato,
exceto a bíblica, que revela a pecaminosidade de todos e a bondade de Deus para
com todos, tendo em vista os seus próprios propósitos (Mt 5.45), até o último
dia do juízo, quando tudo será retificado.
(Leia esse artigo na íntegra no site do Ministério
Fiel) - Crédito: Ministério Fiel - Dr. Greg Lanier
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