Robert W. Pazmiño
RESUMO
Vivemos
um momento onde o tema educação está em evidência. A necessidade do saber exige
talento tanto dos professores quanto dos alunos. No livro “Temas Fundamentais
da Educação Cristã”, Pazmiño descreve a necessidade de se promover uma fé
genuína para o mundo pós-moderno. Para que isso aconteça, o educador cristão
precisa reavaliar seu pensamento e prática com relação às questões fundamentais
da educação cristã. O autor trata, de forma profunda, sobre as principais
correntes, teorias e práticas apresentando a visão de vários autores que estão
envolvidos intrinsecamente na educação cristã. Ele defende uma educação
fundamentada nas Escrituras, e afirma que o educador cristão precisa examinar
com bastante cuidado esses fundamentos a fim de entender os distintivos
cristãos da educação.
Os
dois primeiros capítulos estão entrelaçados por tratarem dos temas basilares
nesse processo educativo “os fundamentos bíblicos e os teológicos”. Segundo o
autor, o educador cristão, não pode abrir mão desses dois pressupostos na
tarefa da educação, pois, se por um lado, as Escritura torna-se a base
indispensável para a educação cristã, por outro, os fundamentos teológicos
devem ser considerados de fundamental importância, tendo em vista que só se
poderá entender ás Escrituras por meio do estudo teológico da autoridade,
princípios e doutrinas contidos nesses fundamentos. Portanto, é imprescindível
que os educadores considerarem tais fundamentos, utilizando estudos críticos, tradições
e conceitos contextuais para que possa relacionar as diretrizes bíblicas e
princípios à educação cristã no mundo moderno.
O
capítulo três trata do terceiro fundamento para educação, a filosofia, que, em
conjunto com os dois anteriores, oferece universais transculturais para dirigir
o pensamento e a prática. O desafio para
o educador cristão é tornar explícita essa filosofia da educação, coerente com
uma visão cristã do mundo. Essa visão do mundo trará implicações diretas na
educação. A importância deste fundamento é levar o educador ao conhecimento
para analisar as variações de pensamentos modernos e de escolas filosóficas que
influenciam na educação cristã. O autor apresenta alguns gráficos, facilitando
o entendimento, não somente dos problemas, mas também das alternativas
reformadoras e o foco da educação, para que os educadores possam identificar os
principais, universais transculturais e culturais que dirigem seu pensamento e
sua prática.
No
capítulo quatro o autor trata dos “fundamentos históricos”. Para o autor, o
educador cristão é forçado a considerar aspectos da educação olhando para história
a fim de aprender lições para os dias atuais e para o futuro. Ao investigar os
fundamentos históricos, o educador é forçado a considerar aspectos da educação
que estejam mais sujeitos a mudanças e diversas contingências de tempos e
lugares diferentes. Para o autor, os educadores não precisam “reinventar a
roda”, pois eles possuem o potencial par identificar, por meio da história, os
princípios, propósitos e alvos da educação que sejam imutáveis. Eles podem
adaptar às realidades atuais as estratégias e metodologias educativas que foram
afetivas no passado. Ao afirmar passado, ele faz algumas perguntas que os
educadores ter que respondê-las.
O
assunto do capítulo 5 é “Fundamentos Sociológicos”, onde autor discorre sobre o
a tarefa de uma sociologia do conhecimento para analisar os processos pelos
quais a realidade é socialmente construída. O educador cristão deve saber
compartilhar esse conhecimento com a comunidade, pois é essencial para a
construção social da realidade contextual e cultural. O autor discorre sobre
obras de autores como Emile Durkheim, John Eggleston e Rolland Paulston, entre
outros, que influenciam o lar, a comunidade, a igreja em geral, a economia, a
mídia, corpos políticos, diversas escolas e agências sociais. O exame dos fundamentos
sociológicos despertam questões que requerem atenção aos relacionamentos mais
amplos da vida da comunidade e da sociedade, sem excluir a consideração das
pessoas que estão sendo ensinadas.
No
capítulo 6, o autor trata sobre o desafio e a importância de se integrar a
psicologia e a educação. Para que isso aconteça, ele apresenta algumas razões,
como a dependência de teorias psicológicas, descobertas de pesquisas e práticas
voltadas para o estudo de consciência e do comportamento de pessoas no processo
de aprendizado. O educador precisa fazer distinções na psicologia e a escola
psicológica que inclui as diversas correntes psicológicas. Este capítulo
apresenta quatro abordagens sobre a integração, considerando o entendimento de
psicólogos cristãos como Lawrense Crabb. Ele ainda considera as teorias do
desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget, psicossocial de Erick Erikson, moral
de Lawrense Kohlberg, e desenvolvimento da fé de James Fowler. O autor também apresenta
os pressupostos bíblicos e teológicos para que o educador cristão possa usá-los
com discernimento, de forma responsável e sabiamente.
O
capítulo 7, que trata de questões dos fundamentos curriculares, apresenta a
necessidade que o educador cristão tem tomar decisões que afetem diretamente a
prática da educação. Tais decisões são necessárias no planejamento, na
implementação e na avaliação de um currículo. O autor destaca a importância do
currículo, pois através do mesmo, o educador entende os fundamentos da educação
para a integração, ligando o entendimento de diversos fundamentos. Por meio de perguntas
e respostas, o autor apresenta diversas definições e conceitos que leva o
leitor a refletir sobre o compromisso distinto de valores na educação. Este
capítulo, segundo o autor, completa a cisão dos diversos fundamentos que o
educador cristão deverá considerar em pensamento e prática.
O
livro ainda trás um apêndice onde o autor trabalha questões fundamentais que
surgem como desafios aos educadores cristãos em afirmar a verdade numa era
pós-moderna: “como cantaremos o cântico
do Senhor em tema estranha?” (Sl 137:4). Ele também analisa a luta dos
cristãos em celebrar a verdade na pessoa de Jesus para um contexto adverso onde
testemunhar a fé e a verdade torna-se uma obrigação missionária na vida dos
cristãos contemporâneos a exemplos dos discípulos no primeiro século. Pazmiño
apresenta as implicações educacionais para aqueles que ensinam e aprendem.
Propondo que os mesmos precisam empenhar-se em discernir a verdade e a versão e
proclamá-la de várias maneiras, e se manter atentos para a sedução do particular
como verdade e a versão pós-moderna de verdade, pois o perigo é usurpar o lugar
reservado somente a Deus como fonte de toda verdade.
O pósfacil propõe orientações para
que os leitores usem o ensino cristão ponderando na importância que representa
para a transformação da igreja e consequentemente da sociedade. O autor
estimula aos alunos identificarem “o que” e o “porque” de seu trabalho,
afirmando ser importante tais perguntas para que o ministério seja bem
sucedido. Seu objetivo é fazer com que os alunos tirem suas próprias conclusões
de forma responsável.
Do estudante em teologia José Francisco
( STNe 2008 – 2011)
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