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terça-feira, 5 de junho de 2012

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

TÓPICO: O PROCESSO DECISÓRIO – aula no STNe em 08/11/2011


Em nossas vidas, a todo instante, estamos envolvidos em decisões. Questões pessoais, familiares, acadêmicas, profissionais e outras, fazem parte desta realidade. O processo de decisões exige equilíbrio, pois as tomadas de decisões impulsionadas por emoções ou sem uma análise criteriosa das causas podem levar a verdadeiros desastres administrativos. Aqui surge uma pergunta: Como devemos proceder para tomar decisões corretas? A Bíblia nos dá a resposta em Salmos 25.12 quando diz: “Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher”.
Do ponto de vista secular, como também religioso, todas as pessoas que ocupam cargos de liderança, vivem envolvidas em tomadas de decisões. Um grande volume de recursos, humanos e financeiros, é investido em reuniões e análises de dados objetivando a melhor escolha ou alternativa possível. O erro é sempre uma possibilidade, que pode trazer prejuízo, em curto, médio ou longo prazo.
As tomadas de decisões passam por algumas etapas que classificam o processo decisório. As seguintes são apenas exemplos dessas etapas:
1) Identificar a situação. Este primeiro estágio procura mapear a situação. Três aspectos são aqui apresentados; definição do problema; diagnóstico das causas e identificação dos objetivos da decisão.
2) Obter informação sobre a situação. Neste estágio, o administrador ouve as pessoas, pede relatórios, observa pessoalmente, lê sobre o assunto, verificar antecedentes e fatos passados.
3) Gerar soluções ou outras alternativas de ação. As decisões programadas facilitam a criação de alternativas. Quanto menor o número de alternativas desenvolvidas, melhor. A avaliação ou verificação da viabilidade das alternativas propostas não fazem parte deste estágio.
4) Avaliar as alternativas e escolher a solução ou a ação preferida. Num processo comum, as alternativas são avaliadas e comparadas, a fim de se buscar a mais propícia à solução. A avaliação ou verificação da viabilidade das alternativas propostas são partes deste estágio. Quando se tratar, principalmente do reino de Deus, a escolha de alternativa preferida, não deve favorecer a indivíduos, e sim ao grupo maior.
5) Transformar a solução ou a ação escolhida em ação efetiva. A solução escolhida é aqui implementada. Implementar uma decisão envolve vários fatores, como por exemplo, a aquisição de recursos, elaboração de orçamentos, planos de ações, delegação de responsabilidades, relatórios de progresso são essências nesta etapa.
6) Avaliar os resultados obtidos. A avaliação ocorre quando as seguintes questões são respondidas: O que aconteceu internamente e externamente é resultado das decisões? As expectativas foram alcançadas? O problema foi resolvido parcialmente, definitivamente ou se agravou? De posse desses resultados, e se forem positivos, deve-se partir para a implementação da alternativa correta.
Desse estágio passa-se para a execução de tarefas, podendo ser distribuídas individualmente ou em grupos, conforme a decisão tomada, tenha indicado como sendo a melhor alternativa.
É importante salientar que na implementação da alternativa, aqueles que forem executar as tarefas, assumirão responsabilidades de ônus ou bônus. Ou seja, o sucesso ou fracasso na execução de tarefas dependerá do empenho e do zelo de quem as executa. 
Quando se tratar de administração cristã, o processo é diferenciado do secular, pois deve se levar em primordial consideração a vontade de Deus. O líder cristão deve buscar conhecer a vontade de Deus para executar o processo. Os seguintes pontos são fundamentais:
a) Assumir o compromisso de realizá-la (Rm 12.1-2);
b) Reconhecer que Deus tem um plano específico para o indivíduo e para a sua igreja ou instituição (Jr 29.11);
c) Reconhecer que Deus revela sua vontade e essa produz paz e o desejo de realizá-la (Fp 2.13; Sl 37.4; Is 26.3);
Por último, deve-se observar a importância de avaliarmos as decisões alternativas a partir de textos como o de Lucas 14.31-32: “Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz” e Salmos 32.80 “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho”.
Qualquer processo decisório, para cumprir suas finalidades, terá de ter objetivos bem definidos, organização com sequências lógicas, planejamento e avaliações em todas as etapas a fim de que as alternativas possam gerir a administração correta. Como a Igreja tem propósitos, não só para esta vida, mas também para a eternidade, exige-se, por isso, temor a Deus, amor ao próximo, dependência de Deus, dedicação e esforço dobrado, no processo decisório, até a execução do mesmo.


Do estudante de teologia: José Francisco – STNe 2008 – 2011
Professor Rev. José Alex Barreto

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