Em termo metodológicos, nossa ética é teológica,
cristã e evangélica.
1.
Teológica
Significa que a única maneira de se conhecer e fazer
ética cristã é conhecer o Deus vivo. Ou seja, todo nosso estudo da vida moral
do homem e de seu ideal será determinado e controlado pelo conhecimento de Deus
e de sua auto-revelação nas Sagradas Escrituras, única fonte de autoridade da
verdade – ética teocêntrica.
2.
Cristã
Por definição, a ética cristã é condicionada a
Cristo, em quem encontramos a mais perfeita revelação da vontade de Deus...
somente Cristo faz com que a ética cristã seja verdadeiramente ética cristã.
Nossa vida Cristã é a vontade de Deus em Cristo Jesus, como se encontra
revelada nas sagradas escrituras.
A centralidade da obra redentora e restauradora de
Cristo é fundamental para nosso viver diário (2Co 5.15).
3.
Evangélica
Nossa reflexão ética parte do evangelho, das boas
novas que Jesus Cristo pregou e viveu. O fundamento não é a igreja, mas tão
somente o evangelho confiado a Igreja. Ela surge da revelação, compreensão e
interpretação do evangelho. Portanto, a Bíblia é a única fonte e norma de
ensino e prática cristã.
SISTEMAS ÉTICOS
A ética
legalista: consiste em dar prioridade a um conjunto de regras e leis
pré-fabricadas que supostamente capaz de orientar, não pelo espirito de seu
sentido, mas pela letra morta de sua formulação, pela conduta mecânica e pela
obediência cega do homem e m cada situação. A moralidade legalista é e grande
parte negativa.
A ética
antinômica – falta de lei. Permite que cada individuo se torne sua própria
diretriz e norma, tomando decisões morais sem levar em conta qualquer princípio
ou padrão, em que conduz ao liberalismo.
A ética teonomica
- O Deus da Bíblia é o elemento decisivo nas resoluções éticas do cristão... a
teonomica obedece a Deus, tendo uma noção de resposta, de relacionamento
pessoal, de comunhão entre Deus e o homem numa realidade comunitária. Deus –
Homem – Bíblia (Gl 5.6; 6.15; 2Co 5.15).
RELAÇÕES BÁSICAS DA ÉTICA CRISTÃ
O
teólogo luterano Otto Dilschneider Afirma que a “ética evangélica tem a ver com
a personalidade do e tão somente com ser humano e tão somente com ela. Todas as
outras coisas deste mundo permanecem intocadas por esse ethos evangélico. As coisas do mundo não entram em sentido ético na
zona de exigência dos imperativos éticos”. (O. Dilschneider, Die evangelische Tat, Bertelsman, 1940,
p. 87).
Essa
perspectiva é extremamente individualista e protecionista. Ela mantem o status quo da sociedade, pois o cristão
não pode se conformar com a comunidade onde vive; pelo contrario, deve cumprir
sua função de ser sal e luz, a fim de transformá-la através da presença real de
Cristo, que determina suas relações com as estruturas sociais mundiais,
estaduais, municipais e domesticas e com o seu próprio Criador.
A
ética cristã verdadeiramente evangélica considera que o senhorio de Cristo é
uma realidade presente na vida dos renascidos (2Co 5.15;10.5;Gl 2.20). Estes
proclamam e vivem o senhorio de Cristo em todas suas relações interpessoais.
Quando Zaqueu aceitou o Senhor Jesus como Salvador, não mudou apenas seu
relacionamento com Deus, mas também com o próximo. Ele pagou restituições de
até 400% às pessoas a quem havia enganado antes de sua conversão (Lc 19.8).
Por
isso a ética cristã envolve várias relações básicas que podem ser agrupadas em
forma trigonal, cujo centro é a perfeita revelação da Palavra de Deus.
Deus
(ética teísta)
ego próximo
(ética individual) (ética social)
Partindo deste quadro, podemos
ver que a ética cristã trabalha com as seguintes relações básicas:
1. Ética individual (ego – ego):
auto conservação, cultura própria, direção própria;
2. Ética social (ego – próximo):
a) ética social geral: deveres do
individuo para com a sociedade (trabalho, trânsito, raça, cultura, economia,
viúvas, viciados, menores, hospitais, relações nacionais e internacionais); e
b) ética domestica: relação
matrimonial, relação paternal e filial, relação trabalhista;
3. Ética teísta (ego – Deus):
devoção do intelecto a Deus, devoção do coração a Deus (1Ts 5.23).
Do Livro “A
ÉTICA DOS DEZ MANDAMENTOS” Um modelo da ética para os nossos dias, De Hans
Ulrich Reifler – Vida Nova.
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