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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Decálogo - Um Modelo para a Vida Abundante (parte II)

A observância do Decálogo abre o caminho para a vida abundante. Ele mesmo contém a promessa de bênção: "... faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os mandamentos" Êx 20.6; Dt 5.10). Repetidas vezes Deus promete Sua bênção aos que guardam diligentemente Seus mandamentos: "Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais..." (Dt 4.1). Levítico 26.3-13; Deuteronômio 5.33; 7.12-26 e Deuteronômio 28.1-14 também mostram as bênçãos decorrentes da obediência aos Dez Mandamentos.
Lutero finaliza a exposição do decálogo realçando a rica bênção do Senhor sobre os que o observam: "Disso se vê mais uma vez a que altura se devem elevar e exaltar os Dez Mandamentos, acima de todos os estados, preceitos e obras que se ensinam e inculcam fora deles. Porque aqui podemos lançar a luva dizendo: que se adiantem todos os sábios e santos, e vejamos se podem produzir uma obra como esses mandamentos, que Deus requer com tanta seriedade e ordena sob pena de Sua maior ira e castigo. Além disso, acrescenta uma promessa tão gloriosa: que nos quer acumular de todos os bens e bênçãos. Razão por que sem dúvida os devemos ter por preciosos e valorizá-los acima das demais doutrinas, como o maior dos tesouros que Deus nos deu".
O profeta Isaías reconhece que, se tivesse dado ouvidos aos mandamentos do Senhor, o povo escolhido não teria passado pelo exílio, mas sim desfrutado da vida abundante. Então, a paz do Senhor seria como um rio e Sua justiça, como as ondas do mar (Is 48.18).
Mas será possível viver conforme os Dez Mandamentos? Calvino está convicto de que homem nenhum jamais poderá cumprir a lei integralmente. Só Cristo é o real cumprimento da lei. Não temos condição moral própria de viver conforme os Dez Mandamentos, a não ser que Cristo em nós nos capacite pela fé, de maneira que o preceito da lei se cumpra em nós que andamos no Espírito Santo (Rm 8.4). O fato de o "eu" não conseguir cumprir integralmente a lei moral de Deus ainda não constitui uma justificativa para afirmar que a lei não precisa ser observada, guardada e cumprida. O andar no Espírito recebe então um lugar de destaque no que diz respeito ao cumprimento da lei moral de Deus em nossos dias. Chegou a hora de descobrirmos que o Espírito Santo revitaliza o cumprimento da lei moral de Deus. Dessa forma, a lei moral de Deus não se torna um pesadelo para o Cristão nem uma obrigação penosa e opressora. Pelo contrário, o desejo de realmente guardar os mandamentos de Deus nasce de nossa comunhão com Cristo: "Se guardades os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos do meu Pai, e no seu amor permaneço" (Jo 15.10); "... sabemos que temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (1Jo 2.3,4).

Retirado do Livro "A Ética dos Dez Mandamentos" de Ulrich Reifler - Editora Vida Nova.

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