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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BATALHA ESPIRITUAL (Um Esboço de Ef 6.10-18)

A carta aos Efésios foi escrita pelo apostolo Paulo, por volta do ano 60-64 d.C. provavelmente no mesmo período de Colossenses, em Roma.
A carta já foi colocada por alguém como sendo “a coroa da teologia de Paulo”. Paulo se encontrava preso pelos romanos por causa duma defesa feita a um gentio (At 21.27-30).


Esse pequeno estudo será apenas um esboço baseado no texto de Efésios 6.10-18. O leitor deve pesquisar mais, se quiser um trabalho mais consistente. Indicamos o material da Cultura Cristã sobre este assunto.

SEDES FORTALECIDOS NO SENHOR E NA FORÇA DO SEU PODER (v. 10)
Esta seção é a última parte da carta à QUANTO AO MAIS... Trata de um assunto teologicamente muito importante: Batalha espiritual.

à SEDE FORTALECIDOS – indica ordem, mas toma um caráter de voluntariedade, ou seja, Paulo está dizendo: receba poder/força e que nós não podemos nos fortalecer em nós mesmos, somente em Deus.
Como seremos fortalecidos? 
1. Precisamos estar em Cristo – lugar de força – se nos afastarmos dele, ficamos fracos, sem forças.
2. Precisamos considerar o momento em que recebemos a “força” e o “poder” de Cristo. Quando nos afastamos da fonte – Cristo – perdemos força, a energia é cortada.
REVESTIR-VOS DE TODA ARMADURA DE DEUS (V. 11)
a) para podermos ficar firmes;
b) contra as ciladas do diabo.
O versículo 11 explica a advertência do verso anterior- somente quem está fortalecido em Cristo, pode assegurar a vitória, seja em qual for à área da vida. Portanto, Cristo já venceu por nós. A nossa tarefa agora é manter, assegurar, defender o território conquistado como bons soldados de Cristo. (2Tm 2.4). Não precisamos nos preocupar com a vitória, pois ela é real, Cristo venceu o diabo no deserto e finalmente na cruz por nós. Nem mesmo a morte pôde vencê-lo e nós também venceremos com Ele. Porém eles procuram uma brecha para invadir o território – Igreja – de Cristo. Então é ai que entra a parte como bons soldados – assegurar a vitória.
PREPARANDO-SE PARA A BATALHA
Tomar/vestir toda a Armadura de Deus (v. 13). Armadura (do grego panopli,a) que significa “armadura perfeita”, ou seja, o armamento completo utilizado pelos soldados da frente durante o ataque de defesa em um confronto. “De Deus” a armadura perfeita é dada por Deus e somente essa armadura poderá fazer-nos obter a vitória da nossa batalha espiritual (ver 2Co 10.4: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas”.
A Armadura de Deus é poderosa, eficaz, necessária e a única que pode garantir a vitória na batalha espiritual.
EFICIENTE CONTRA AS CILADAS (du,nasqai u`ma/j sth/nai pro.j) Significa “guardar a sua posição contra força que vem em oposição”. O bom soldado guarda sentinela e não recua quando atacado ou confrontado pelo inimigo. Assim nós também precisamos guardar a vitoria de Cristo até o final como soldado em serviço.

A LUTA – O ALVO DA BATALHA
1. Não é contra sangue ou carne – não pode ser vista pelos olhos materiais, não faz parte da nossa realidade visível. Ela se dá no campo espiritual, estão nas trevas (Ef 1.21).
2. Contra os dominadores deste mundo tenebroso – crença na influência de astros, estrelas, Sol, Lua na vida das pessoas e que eles controlam o movimento dos astros para conduzir e dominar o mundo.
3. Forças espirituais do mal, nas regiões celestes – refere-se a todos os outros tipos de maus espíritos em geral. Como todos os inimigos dos santos são espirituais, nós temos que lutar contra tais métodos espirituais. Porém não por métodos humanos, mas com as armas espirituais.
TOMAR “TODA” ARMADURA DE DEUS (v. 13), para poder resistir no dia mau e depois de ter vencido tudo, permanecer inabalável.
Sabendo que Cristo já venceu a batalha, não temos nada a temer. Mas isso não nos dar o direito de pensar que não temos nada a fazer. A batalha não é para obter um mérito pelas nossas forças, é para permanecer inabalável ao termino da batalha. Para isso devemos está vestido com “toda armadura de Deus”. Com prontidão e dedicação em todos os aspectos e enfrentar destemidamente.
Lembrarmos que Deus nos ajuda, mas quem enfrenta a oposição maligna somos nós.

A ARMADURA:
1.      Cingir-nos com a verdade (v. 14) = o cinto tem sua função de segurar a calça que vestimos . Com o cinto, mesmo em movimento mais bruscos, a calça permanecerá firme (Lc 12.35; Is 11.5). Da mesma forma como Cristo venceu a batalha cingindo-se do cinto da verdade, os santos precisam se preparar com o cinto da verdade.
2.      Couraça da justiça (v. 14) = uma chapa de aço utilizada por baixo da armadura para proteção do peito e do coração. Também relaciona com justiça e fidelidade.
3.      Calçai os pés (v. 15) = envolver o seu pé ou calçar os pés para proteger-los. Tem a ver com o evangelho (Is 52.7). Os soldados romanos colocavam agulhas de metal nas botas para evitar escorregamentos. Quando o evangelho é pregado ganhamos territórios ocupados.
4.      Escudo (v. 16) = um grande escudo de 1,2 m de altura e largura de 75 cm, usado pelos soldados romanos, e era usado para a proteção do corpo inteiro. Os santos precisam do Escudo da fé para se protegerem contra todas as más influências dos maus espíritos. 
5.      Dardos inflamados (v. 16) = dardos de fogo, utilizados nas guerras. Quando lançados os escudos pegavam fogo.
6.      Tomai o capacete a Espada do espírito (v. 17) = o modo imperativo significa receba como quem recebe um presente da graça de Deus. Capacete protege a cabeça. É o escudo numa mão e a espada na outra. Porém atentamos para a ordem da armadura e percebemos que a espada é a última peça que completa.
A espada do Espírito é uma expressão bem diferente das outras palavras. Ela não é representada pelo Espírito e sim a Palavra de Deus. O próprio Jesus usou a Palavra na tentação do deserto contra o diabo.
A partir do versículo 18 o ensino aos santos é que a natureza da guerra espiritual. O preparativo para suportar essa batalha é certamente por meio da oração. “oração e súplica”, em todo tempo e no Espírito. E para isso vigiando – acordados espiritualmente (Mc 14.38; Lc 21.36; 1Pe 4.7). Por fim, “com toda perseverança” ou toda a paciência. Quando não mantemos a perseverança ficamos muito mais facilmente sujeitos a desistir e desanimar no trabalho da oração. Perseverar é o esforço mínimo que Deus espera de nós.

Org. José Francisco do Nascimento - Seminarista no STNe período 208 - 2011. 

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