Pesquisar este blog

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Relação Entre os Artigos Irlandeses e a Confissão de Fé de Westminster

*A publicação deste Artigo, se dar devido a necessidade destas informações que não se encontra com tanta facilidade na internet. Portanto, aqueles que precisarem se utilizar do mesmo, por favor indique a fonte.
A forma da Confissão foi influenciada pelos Artigos Irlandeses, elaborados pelo bispo James Ussher em 1615, na época era professor de teologia em Dublim e presidente da faculdade Trinity. Contendo 104 artigos, 19 títulos, sendo substituídos em 1935 pelos 39 artigos.
A Assembleia de Westminster extraiu mais dos Artigos Irlandeses do que de qualquer outro. Os Artigos Irlandeses influenciaram diretamente os símbolos de fé de Westminster Sendo assim, eles chegam até nós pela Confissão de Fé de Westminster.
Esses Artigos afirmam a total soberania de Deus, a predestinação, a eleição e a preterição, a justificação pela fé somente, o arrependimento e o lugar das boas obras na vida do crente. Eles ensinam ainda o conceito puritano do Dia do Senhor, identifica o papa com sendo o Anti-Cristo e reconhece o rei como sendo o chefe da Igreja e do Estado. A Confissão de Fé de Westminster, originalmente, tinha essa posição, porém a versão americana pós-independência (1776) e em 1789 suprime a tendência Erastiana da Confissão de Fé.  A nossa Confissão de Fé deriva-se desta versão Americana adaptada, onde na primeira Assembléia geral americana foi suprimido a tendência erastiana.
No erastianísmo (a Igreja é um departamento do Estado, e por isso o cabeça da Igreja é o rei, quem governa a Igreja é o Estado) é uma tendência existente tanto nos Artigos Irlandeses, como na Confissão de Fé de Westminster, como também na Confissão Escocesa (Jonh Knox).
Em 1635 os Artigos Irlandeses foram, oficialmente, substituídos na Irlanda pelos 39 Artigos; Porém, o autor, promovido a arcebispo, James Ussher, continuou exigindo a obediência aos dois compêndios de artigos.
A Confissão de Westminster tem sido considerada um documento altamente moderado e judicioso. O autor William Beveridge afirmou: “Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster”. A Confissão expressa algumas das convicções mais salutares dos puritanos, como a preocupação com a glória de Deus, a beleza da obra da redenção e o imperativo de uma vida cristã séria e comprometida.
*Este artigo é parte de um trabalho de pesquisa do curso de teologia no STNe realizado pelo aluno Zé Francisco para a disciplina "Credos e Confissões" com o Profº Maely Vilela. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário