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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Justiça e a Ira Divina de mãos dadas

     A Ideia fundamental de Justiça é a de estrito apego à Lei ( A Justiça de Deus é um atributo que relaciona-se estritamente com a da Santidade). A justiça se manifesta especialmente em dar a cada homem o que lhe é devido, em tratá-lo de acordo com os seus merecimentos.
    As distinções aplicadas à Justiça de Deus são: 1º) justiça rectoral, é a retidão que Deus manifesta como o Governador que exerce domínio tanto sobre o bem como sobre o mal. Por ela, Deus instituiu um governo moral no mundo, e impôs ao homem uma lei justa, como promessas de recompensas ao obediente e ameaças de punição ao transgressor.
   No AT. Deus sobressai proeminentemente como o Legislador de Israel, Is 33.11 e do povo em geral, Tg 4.12, e suas Leis são justas, Dt 4.8. Sendo uma justiça distributiva=retidão de Deus na execução da lei e se relaciona com a distribuição de recompensas e punições (1º. Justiça remunerativa), e 2º. Justiça retributiva, que se relaciona com a imposição de castigos. É uma expressão da ira de Divina. (Teologia Sistemática de Louis Berkhof)



Um estudo na concordância mostrará que há mais referências nas Escrituras à indignação, à cólera e à ira de Deus, do que ao Seu amor e ternura. Porque Deus é santo, Ele odeia todo pecado; e porque Ele odeia todo pecado, a Sua ira inflama-se contra o pecador Salmo 7:11.
Pois bem, a ira de Deus é uma perfeição divina tanto como a Sua fidelidade, o Seu poder ou a Sua misericórdia. Só pode ser assim, pois não há mácula alguma, nem o mais ligeiro defeito no caráter de Deus, porém, haveria, se nEle não houvesse "ira"! A indiferença para com o pecado é uma nódoa moral, e aquele que não o odeia é um leproso moral. Como poderia Aquele que é a soma de todas as excelências olhar com igual satisfação para a virtude e o vício, para a sabedoria e a estultícia? Como poderia Aquele que é infinitamente santo ficar indiferente ao pecado e negar-Se a manifestar a Sua "severidade" (Romanos 11:22) para com ele? Como poderia Aquele que só tem prazer no que é puro e nobre, deixar de detestar e de odiar o que é impuro e vil? A própria natureza de Deus faz do inferno uma necessidade tão real, um requisito tão imperativo e eterno como o céu o é. Não somente não há imperfeição nenhuma em Deus, mas também não há nEle perfeição que seja menos perfeita do que outra.
Uma palavra aos pregadores. Irmãos, em nosso ministério temos pregado sobre este solene assunto tanto como devíamos? Os profetas do Velho Testamento muitas vezes diziam aos seus ouvintes que as suas vidas ímpias provocavam o Santo de Israel, e que estavam entesourando para si mesmos irá para o dia da ira. E as condições do mundo hoje não são melhores do que eram então! Nada se presta mais para despertar os indiferentes e fa­zer com que os crentes carnais sondem os seus corações, do que alongar-nos sobre o fato de que Deus "...se ira todos os dias" com os ímpios (Salmo 7:11). O precursor de Cristo exortava os seus ouvintes a fugirem "...da ira futura" (Mateus 3:7). O Sal­vador ordenava a quantos O ouviam: "Temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno, sim, vos digo, a esse temei" (Lucas 12:5). O apóstolo Paulo dizia: "... sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens..." (2 Coríntios 5: li). A fidelidade exige que falemos tão claramente do inferno como do céu. (W. A. Pink – Os Atributos de Deus)

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