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segunda-feira, 17 de junho de 2013

PREGAÇÃO EM HEBREUS 9.27-28

MORTE, UMA CERTEZA ETERNA?

1.   A MORTE É INEVITAVEL (aos homens está ordenado morrerem uma só vez)

a)  Ela é inevitável e intransferível – você é um “ser para a morte”. A Bíblia ensina que "... há tempo de nascer e tempo de morrer..." (Ec 3.2). Esse tempo é determinado pelo Deus Criador e Mantenedor da vida. A Bíblia sempre liga a morte ao pecado (Gn 2.17; Rm 5.12; 6.23).

b)  A morte não é natural ao homem, mas surgiu devido à nossa rebelião contra Deus. Conforme Jesus ensina em Lucas 16.22, não há distinção de cor, raça, idade, grau de instrução ou de poder aquisitivo. A morte é inevitável.

2.   A ALMA SOBREVIVE A MORTE FÍSICA (vindo, depois disto, o juízo).
a)  Ela não é o fim de tudo, porque o homem é por natureza um ser imortal. O corpo é sepultado, mas a alma sobrevive continuando a existir na dimensão de Deus (Lc 16.22).

b)  Existe esperança para os vivos: Não temais os que matam o corpo e não podem matara alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28), afirma Jesus. A alma humana sobrevive à morte física (Lc 23.43: Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Jo 5.28-29: Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:  29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo; 11.25-26: Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;  26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?  2 Co 5.1: Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.  2 E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial).

c)   Morte espiritual - Há milhões de pessoas, neste mundo que sofrem a morte espiritual. Essa morte espiritual, é a separação entre a alma e Deus, a separação entre o homem e Aquele que disse: "Eu sou... a vida." A Escritura diz que essas pessoas estão mortas "nos vossos delitos e pecados" (Efésios 2:1).

3.   APÓS A MORTE, DOIS DESTINOS (9.2b, 28 – depois..., o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação). A Bíblia fala de dois destinos eternos: céu e inferno. Lázaro foi para o "seio de Abraão" (v. 22) e o rico para o "inferno", lugar de tormentos (vv. 23-24).

a)  O céu existe e será desfrutado por todo aquele que morrer em Cristo. Em João 14.2-3, ler: Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

b)  O inferno é o outro lugar para se passar a eternidade. Mas, muitas pessoas que até acreditam na existência do céu, não aceitam a existência do inferno. As mesmas Escrituras que revelam as delícias eternas, também tornam conhecidos os terrores e o horror do inferno. "Fogo Eterno" (Mt 25.41), "Abismo" (Ap 9.2-3), "Castigo Eterno" (Mt 25.46), "Segunda Morte" (Ap 21.8), "Eterna Destruição" (2 Ts 1.9). Disse Jesus: "E irão estes para o castigo eterno" (Mt 25:46). Jesus também disse: "Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro ranger de dentes" (Mt 13:41-42).

APLICAÇÕES
1.    É impossível Deus mudar o método que Ele próprio escolheu, para produzir arrependimento naqueles que estão vivos.

2.     O fim e os meios, já estão escolhidos. O método de Deus para produzir fé e arrependimento naqueles que ainda vivem é a pregação bíblica. A fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus. (Rm 10.17; Lc 16.29)

3.    É impossível mudar o estado eterno de quem já morreu;

CONCLUSÃO
No texto exposto, o escritor de Hebreus deixa bem claro que ao homem é determinado por Deus morrer apenas uma só vez! Esta morte a qual ele se refere é a morte física, porém logo em seguida vem o juízo, ou seja, a certeza de que a vida continua a existir após a morte física. O homem dará conta a Deus de tudo o que fez, caso morra em seus pecados passará para a morte eterna e se morrer crendo em Cristo, terá a vida eterna.


Pregação do dia 15/06/2013 – Ipanguaçu-Rn – Rev. José Francisco.

terça-feira, 12 de março de 2013

Um Caso Bíblico para a Pregação Expositiva



Oque é pregação expositiva? Um sermão é expositivo se seu conteúdo e sua intenção são controlados pelo conteúdo e a intenção de uma passagem específica da Escritura. O pregador diz o que a passagem diz, e pretende com seu sermão alcançar em seus ouvintes exatamente o que Deus está buscando alcançar através da passagem escolhida da Palavra.

Pregador, imagine Deus sentado na congregação conforme você prega. Qual será a expressão em sua face? Ela dirá: “Não é aí que eu queria chegar com essa passagem.” Ou dirá: “Sim, é exatamente isso que eu pretendia”?O caso bíblico para a pregação expositiva começa com a conexão entre o dom que o Cristo assunto deu à igreja em pastores-mestres (Efésios 4:11) e a determinação bíblica para “pregar a palavra” (2 Timóteo 4:2). Aqueles que pregam, deveriam pregar suas Bíblias.
Talvez, o melhor lugar para começar a demonstrar a legitimidade de identificar pregação e pregação da palavra seja o livro de Atos. Em Atos, a frase “a palavra de Deus” é uma abreviação costumeira para a substância da pregação apostólica. Em Atos 6:2, por exemplo, os apóstolos dizem: “Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus” (veja Atos 12:24; 13:5, 46; 17:13; 18:11). A frase também aparece frequentemente como “a palavra do Senhor” (8:25, 13:44; 15:35-36; et. al.) e não raramente é abreviada para “a palavra” (cf. 4:29; 8:44; 11:19). No livro de Atos, há uma clara e consistente identificação entre a pregação apostólica e a frase “a palavra de Deus.”

Enquanto a substância da pregação apostólica era as boas novas da reconciliação com Deus através de Cristo Jesus, tal mensagem era entregue e explicada quase invariavelmente por meio de uma exposição do Antigo Testamento. Então pregar nos tempos do Novo Testamento envolvia a pregação da “palavra de Deus,” e um essencial componente de tal pregação era a exposição do Antigo Testamento. Isto, por sua vez, nos leva à conclusão de que o Antigo Testamento deve ser incluído em nossa compreensão de “a palavra” a ser pregada, uma conclusão confirmada tanto por afirmações diretas (ex., 2 Timóteo 3:16; Romanos 3:2) quanto por indiretas (ex., Romanos 15:4) do Novo Testamento.

Então essa “palavra” é a palavra a respeito de Jesus, conforme antecipada no Antigo Testamento e agora explicada na pregação apostólica. Esta é a palavra que é “falada” (Atos 4:29), “proclamada” (13:5), e a ser “recebida” (17:11) como “a palavra de Deus.” Esta mesma identificação é mantida ao longo das cartas de Paulo. Sem hesitar, ele chama a mensagem que proclama de “a palavra de Deus” (2 Coríntios 2:17, 4:2; 1 Tessalonicenses 2:13) ou simplesmente “a palavra” (Gálatas 6:6).

Mesmo na ordem de Paulo a Timóteo para “pregar a palavra” há confirmação desta identificação entre pregação e a pregação da palavra de Deus. Timóteo saberia imediatamente de que “palavra” Paulo estava falando. Como a biografia de Timóteo destaca, ela certamente incluía tanto os “escritos sagrados” quanto a mensagem apostólica — “aquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste” (2 Timóteo 3:10-17).

A conclusão que devemos tirar de tudo isso é que a “palavra” que devemos pregar é o corpo da verdade consistindo do Antigo Testamento e do ensino apostólico a respeito de Cristo, isto é, o Novo Testamento. Assim, identificar a “palavra” com nossas Bíblias é apropriado. É isso que aqueles comissionados como “pastores-mestres” devem ensinar. Nosso trabalho é proclamar “a palavra” que Deus falou, preservada na Escritura, e confiada a nós. A vida espiritual do povo de Deus depende desta palavra (Deuteronômio 8:3). É por isso que a um pastor jovem é ordenado aplicar-se “à leitura, à exortação, ao ensino” (1 Timóteo 4:13). Se esta ordem faz qualquer reivindicação em nós hoje, e ela faz, então a fonte de nossa pregação deve ser inteiramente coextensiva com nossas Bíblias.

Como isso se parece? Na preparação de nosso sermão, parecerá tomar passagens definidas da Palavra de Deus e estudá-las cuidadosamente para “manejarmos corretamente a palavra da verdade.” No púlpito, parecerá com o quadro que vemos em Neemias 8:8: “Leram no livro [...] claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.” Deus tem o propósito e a promessa de usar esse tipo de pregação para alcançar um de seus maiores objetivos — o ajuntamento e a edificação de seu povo.

Fonte: http://www.blogfiel.com.br/


Mike Bullmore é pastor presidente da CrossWay Community Church em Kenosha, Wisconsin.
Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2007 9Marks. Usado com Permissão. Original: A Biblical Case for Expositional Preaching
Tradução: Alan Cristie – Editora Fiel © Todos os direitos reservados.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

SERMÃO EM EFÉSIOS 4.1-6

INTRODUÇÃO: Um homem visitava um hospício. O enfermeiro mostrava-lhe pacientemente os vários setores daquela casa. Intrigado com a flagrante desproporção entre o número de funcionários e o de enfermos ali internados, o visitante perguntou: - Vocês não tem medo de que os internos se unam e agridam vocês? Afinal, eles são em número muito maior! O enfermeiro respondeu: - Oh! Não, ninguém precisa ficar com medo. Os loucos nunca se unem.
A Igreja não é um hospício, apesar de algumas vezes parecer. Quando há brigas e desarmonias entre irmãos, a igreja se torna um lugar insuportável. Mas lembremos sempre que a igreja é um lugar de paz, e o nosso Deus não é de confusão.
ELUCIDAÇÃO:  Em efésios 4.1-6, Paulo fala da igreja como uma unidade orgânica. Essa unidade não é externa, institucional ou o resultado da engenhosidade humana. A unidade da Igreja é espiritual e foi criada pelo Espírito Santo.
Os três primeiros capítulos lidam com doutrina, nossas riquezas em Cristo, enquanto os últimos três exploram o dever, nossas responsabilidades em Cristo.
Paulo usa mais de uma vez a figura do corpo para descrever a unidade. Ele enumera quatro virtudes que caracterizam o andar digno do cristão. A unidade não é criada, mas é preservada (4.3). Ela já existe por obra de Deus, não do homem. Portanto, ecumenismo não possui amparo na Palavra de Deus. A unidade da igreja não é construída pelo homem, mas pelo próprio Deus triúno.

IGREJA, LUGAR DE UNIDADE

De que maneira se dará essa unidade cristã? Qual a minha parte?
1.   O ESFORÇO INDIVIDUAL NA UNIDADE (4.1-2);
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
a)    Com toda a humildade (v. 2) a palavra rega tapeinophrosine, “humildade”, foi cunhada pela fé cristã. A humildade era desprezada pelos Romanos, pois era sinal de fraqueza. – Francis Foulkes diz que “em Cristo, a humildade tornou-se uma virtude”. Sua vida e morte foram serviço e sacrifício sem qualquer preocupação quanto à reputação (Fp 2.6). Como o cristão é chamado a seguir seus passos, a humildade ocupa uma parte insubstituível no caráter cristão”. Rev. Hernandes Dias diz que a “humildade representa pôr Cristo em primeiro lugar, os outros em segundo luar e o eu, em último lugar”. (Mt 11.29). William Baclay diz que a humildade provém do conhecimento que temos de nós mesmos. 1. Quem sabe que veio do pó, é pó e voltará ao pó não pode ser orgulhoso. 2. Confronto da própria vida com a vida de Cristo e 3. Criaturas totalmente dependentes do seu Criador.
   b)    Com toda mansidão,(4.2)  a palavra grega prautês,  “mansidão” (gentil) não é sinônimo de fraqueza; ao contrário, é a suavidade dos fortes, cuja força está sob controle. O manso não insiste no seu direito nem reivindica sua própria importância ou autoridade. Ela até abre Mao de seus direitos. Prefere sofrer o dano (1Co 6.7). Ex.: Abraão e ló na escolha da terra.  O manso controla  seu temperamento, impulsos, língua e desejos. Tem domínio de si mesmo.
c)    Com longanimidade, (paciência) a paciência é tipicamente uma virtude cristã. Pois os gregos não a considerava como virtude e sim como fraqueza. O paciente aguenta insultos, sofrimentos, provocações, infortuno, sem amargura nem lamento. O amor que tudo suporta.
d)    Suportando-vos uns aos outros em amor, (4.2) aqui “suportar” não é aguentar o outro com resignação estoica (austero), mas servir de amparo e suporte para o outro. Não faz com amargura, mas com amor. Suporta em amor, isso manifesta a prática da paciência. Amar o próximo como a si mesmo.

2.    A PRESERVAÇÃO DA UNIDADE (4.3)
Esforço diligente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;
   a)    A unidade da igreja não é preservada por decreto, ou por decisões legais. Cada crente na sua forma de viver e agir é um instrumento de preservação da unidade.
   b)      CM = 135. Quais são os deveres exigidos no sexto mandamento?
R: Os deveres exigidos no sexto mandamento são todo empenho cuidadoso e todos os esforços legítimos para a preservação de nossa vida e a de outros, resistindo a todos os pensamentos e propósitos, subjugando todas as paixões e evitando todas as ocasiões, tentações e práticas que tendem a tirar injustamente a vida de alguém por meio de justa defesa dela contra a violência; por paciência em suportar a mão de Deus; sossego mental, alegria de espírito e uso sóbrio da comida, bebida, remédios, sono, trabalho e recreios; por pensamentos caridosos, amor, compaixão, mansidão, benignidade, bondade, comportamento e palavras pacíficos, brandos e corteses, a longanimidade e prontidão para se reconciliar, suportando pacientemente e perdoando as injúrias, dando bem por mal, confortando e socorrendo os aflitos, e protegendo e defendendo o inocente.

3.    O FUNDAMENTO DA UNIDADE (4.4-6)

a)    Um só Corpo (4.4). só existe uma igreja verdadeira, o corpo de Cristo, formada de judeus e gentis, a única família no céu e na terra. Começa na conversão e batismo pelo Espírito Santo. A igreja de Cristo é supradenominacional.
b)   Um só Espírito (4.4). É o mesmo Espírito que habita na vida de cada crente. “se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Ele” (Rm 8.9).
c)    Uma só Esperança (4.4). A esperança da volta gloriosa de Jesus, quando os mortos em Cristo receberão um corpo de glória, e os vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor Jesus Cristo nos ares. Novo Céu e nova terra.
d)   Um só Senhor (4.5). o mesmo Senhor que morreu por nós, ressuscitou e vive por nós, um dia virá para nós. Perguntaram para Gandhi, líder espiritual da Índia: “Qual é o maior impedimento para o cristianismo na Índia?” Ele respondeu: “Os cristãos”. Confessar o senhorio de Cristo é um grande passo em direção entre a unidade entre seu povo.
e)    Uma só Fé (4.5). Essa fé tanto é o conteúdo da verdade que cremos, o nosso credo (Jd 3; 2Tm 2.2); como é nossa confiança pessoal em Cristo como Senhor Salvador.
f)     Um só Batismo (4.5). Esse é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo (1Co 12.13). Não se trata do sacramento do batismo que a igreja administra, mas daquela operação invisível que o próprio Espírito Santo realiza.  Paulo não está falando de forma (aspersão, imersão e Efusão) de batismo, mas do sentido do batismo, que é a nossa união com Cristo e sua igreja.
g)   Um só Pai (4.6). Deus é o Pai de toda a igreja, tanto a da terra, como a do céu. Deus é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. (Atos 17.26-28).

APLICAÇÕES:
1.    Como você se avalia no conceito de cristão para lutar juntos pela fé evangélica?
2.    O que temos feito de bom que tem preservado a unidade da Igreja de Cristo?
3.    Qual tem sido o meu/seu fundamento para vivermos unidos na Igreja?

CONCLUSÃO:
Em síntese, podemos dizer que a unidade da Igreja tem a sua origem na Trindade. Primeiro, o único Senhor, cria a única família. Segundo, Jesus, o único Senhor, cria a única fé, a única esperança e o único batismo. Terceiro, o único Espírito, vivifica e mantém vivo o único corpo, a Igreja.

Rev. José Francisco - Pastor Efetivo da Igreja Presbiteriana do Brasil em Ipanguaçu-Rn

SERMÃO EM JOEL 1.1 - INTRODUÇÃO AO LIVRO


INTRODUÇÃO:
Há quem diga não gostar de ler o Antigo Testamento por varias razões. Alguns argumentam o fato de estarmos no período do Novo Testamento, outros dizem não compreender a linguagem de alguns livros, como os proféticos, por exemplo. Mas no Novo Testamento encontramos textos dizendo que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. (2Tm 3.16-17).

ELUCIDADÇÃO:
Os profetas menores são absolutamente relevantes para a nossa época. Sua mensagem é contundente, oportuna e urgente. São chamados de profetas menores não porque são menos importantes do que os profetas maiores, mas porque escreveram mensagens mais resumidas.
Os profetas menores são perturbadoramente atuais. Eles são nossos contemporâneos. Embora tenham vivido há mais de 2.500 anos, abordam temas que ainda estão na agenda das famílias e das nações. Eles são atemporais. São mais atuais do que os periódicos semanais mais lidos dos nossos dias.
A mensagem dos profetas menores não é periférica, mas toca no cerne dos problemas que ainda afligem a alma humana. Joel, em especial, fala que o pecado atrai o inevitável juízo divino, enquanto o arrependimento traz bênçãos materiais e espirituais; temporais e eternas.
“Os profetas menores lamentavelmente têm sido esquecidos pela nossa geração”. (DIAS).

JOEL, SEU TEMPO E SUA MENSAGEM
Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel. (Joel 1:1).

1.    A VIDA DO PROFETA JOEL –
  a)     Filho de Petuel à entre os livros de Samuel e Neemias há referência a doze diferentes homens que receberam o nome de Joel.  Esse, porém, é distinguido dos demais pelo nome de seu pai. Nada mais se sabe sobre sua pessoa além do nome de seu pai. O seu nome é mencionado apenas duas vezes na Bíblia em Joel 1.1 e Atos 2.16.
   b)     O nome significa “O Senhor é Deus”. Na cultura hebraica o nome tinha uma conexão com a vida. A escolha tinha a ver com o significado espiritual. Expressa duas verdades benditas:
1)A singularidade da pessoa de Deus. Não há vários deuses. O politeísmo é uma criação da mente humana e não uma revelação divina.
2)Esse Deus único é o Soberano. Ele é o Criador do universo. Ele é o Deus que governa a natureza, as nações e tem em suas mãos o controle de tudo.

2.    A ÉPOCA DA PROFECIA DE JOEL
   a.      Não há unanimidade entre os eruditos acerca do tempo do profeta Joel. O livro não nos informa e nem o livro faz alguma referência aos reis contemporâneos. Refere-se aos sacerdotes (1.13), mas não se refere à Assíria ou à Babilônia, nações que conquistaram e exilaram Israel e Judá.
   b.      As duas datas preferidas para situar o livro são o tempo do rei Joás (c. 830-810 a.C.) ou o tempo do Império Persa (c. 400 a.C.). João Calvino chega a afirmar que é melhor deixar a data de composição do livro sem definição, uma vez que essa não é uma questão de grande importância. (citado por Hernandes Dias). Van groningen diz que a data da profecia de Joel não é tudo o que importa. O escopo de suas profecias e sua relação côa as profecias de outros profetas escritores é que fazem a data importante. O sumário de sua atividade profética inclui a mensagem dos profetas pré-exílicos, exílicos e pós-exílicos, do ministério de Cristo e da era do Pentecostes.

3.    O ESTILO DO PROFETA JOEL
a.   Descritivo, poeta lírico e dramático à Suas descrições do ataque dos gafanhotos são vividas, dramáticas e reais. Descreve-os como exército, nação e como povo.
b.   Conhecimento à Ele demonstra profundo conhecimento da voracidade e destrutibilidade do ataque dos gafanhotos e um profundo conhecimento da vida religiosa do seu povo. Exerceu seu ministério sacerdotal em Jerusalém (2.23).
c.    Os contrates à o sofrimento dos homens e animais (1.4-20) com a felicidade e a restauração da produtividade da terra (2.18-27); julgamento divino das nações com as ricas bênçãos do povo do Senhor (2.28-3.21);
Obs.: há um grande debate entre os estudiosos se o livro é literal, alegórico ou apocalipse. O que prevalece, no meu entendimento, é o sentido literal.

4.    ENFASES DO PROFETA JOEL
a.   O pecado que atrai o juízo divino à por causa do culto degenerado, pervertido pelos excessos dos participantes embriagados e dos sacerdotes negligentes.
b.   O povo da aliança desobedece, Deus disciplina à as calamidades naturais eram chicotes da disciplina de Deus. Ele enviou seus agentes disciplinadores.
c.    Arrependimento sincero suspende o castigo e traz de volta a restauração à quando povo se volta em lágrimas, Deus se volta com bênçãos materiais e espirituais. Mas ele exige, além do arrependimento, frutos. Não ao ritual.
d.   O Dia do Senhor será dia de trevas para os impenitentes e bênção indizível para o povo de Deus àEsse é o TEMA unificador de toda a profecia de Joel. Essa frase aparece cinco vezes no livro (1.15; 2.1,11,31; 3.14). é a chave para compreensão da profecia de Joel, principalmente nos aspectos escatológicos e messiânicos.
5.    A TEOLOGIA DO PROFETA JOEL
Destaque para oito pontos importantes da teologia do livro de Joel:
a.    A Soberania de Deus à a praga, o apelo ao lamento, as instruções para a conversão, a restauração, a dádiva do Espírito e a convicção da vitória final são, todos, atos de Deus (2.11 com 2.20)
b.   O arrependimento humano é o caminho seguro para a misericórdia divina à é a porta de entrada da graça (1.13,14; 2.12-17); o pecado do povo da aliança traz consequências dramáticas em todos os sentidos da vida (2 Cr 7.14).
c.    A salvação é pela graça mediante a fé e não uma conquista das obras à todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (2.32 com At 2.39; Rm 10.13).
d.   Os líderes espirituais precisam ter discernimento do seu tempo e chamar o povo ao arrependimento à os sacerdotes são ministros de Deus (1.9,13,14; 2.17) e eles devem saber interpretar as causas dos problemas que afligem o povo e chamar ao arrependimento, dando-lhes exemplo.
e.    O Deus da aliança é o Deus da restituição à a restauração divina alcança a terra, o campo, as fontes, os animais, os homens, o templo e o culto (2.18-27); tudo que estava morto pelo pecado recebe vida pela conversão.
f.     O derramamento do Espírito é uma promessa segura e abundante para o povo de Deus à o profeta do pentecostes prediz mais explicitamente que qualquer profeta, o derramamento do Espírito sobre toda carne (2.28-32). Essa promessa cumpriu-se no dia de pentecostes (At 2.1-13) e ainda está disponível para os nossos dias.
g.    O dia do Senhor é o dia do julgamento final à O Dia do Senhor será um tempo de juízo para os rebeldes e recompensas para os salvos (3.2-6,19). No seu governo moral, o Senhor triunfará sobre todas as forças do mal (3.15,16).
h.   A restauração do povo de Deus será gloriosa à em contraste com as nações condenadas a destruição, os israelitas fiéis serão libertos do poder dos inimigos e recompensados com as bênçãos do Senhor (3.18, 20).

APLICAÇÃO
1.    Devemos olhar com mais atenção os livros do Antigo Testamento, principalmente os proféticos com o de Joel, que tem uma mensagem atual.
2.    Como povo de Deus, aproveitemos para aprender com os ensinos desse livro para andarmos na lei do Senhor para não atrair os castigos ou juízos do senhor.

CONCLUSÃO
Essas bênçãos são messiânicas e se cumprirão na plenitude de todas as coisas, quando a igreja de Cristo reinará com ele num reino de glória. Amém.

Rev. José Francisco – Pastor na Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn