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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Santidade do Nome de Deus em Ezequiel 36.21-23

  O nome de Israel estava ligado ao nome de  Yahweh (21-22); a condição deles, portanto, refletia sobre a honra de seu Deus. As nações julgavam que a desgraça de Israel era devida à impotência de  Yahweh (20); mas a restauração à bênção, na própria terra de Israel, faria com que todos vissem que o governo de  Yahweh se caracterizava pela santidade, e não pela fraqueza, e assim Seu nome seria reverenciado por todos (23). A concepção faz parte integral do pensamento de Ezequiel e tem caráter moral no mais elevado grau. A purificação de pecados, embora descrita na linguagem do cerimonial (5), é simbólica da renovação moral; Zc 13.1. O coração novo e o espírito novo (26) são praticamente sinônimos, operações ocasionadas pelo dom do Espírito de Deus; não devemos imaginar que se trate simplesmente da inspiração de uma nova disposição, pois se trata de um dom sobrenatural. A concessão do Espírito Santo é freqüentemente associada, pelos profetas, com a vinda da nova era (Ez 39.29; Is 44.3; Is 59.21; Jl 2.28-29; At 2.16 e segs.). A passagem é o paralelo de Ezequiel sobre o "concerto novo" de Jeremias (Jr 31.31 e segs.). Multiplicarei o fruto... (30). A fertilidade sobrenatural da terra é um sinal do reino de Deus; cf. o vers. 35; ver também Ez 47.1-12; Is 35.1-2; Is 55.13; Zc 8.12. A população também aumentará (38), pelo que as cidades seriam tão apinhadas de gente como as ruas de Jerusalém costumavam ficar quando os sacrifícios de animais atraíam as multidões por ocasião dos grandes festivais. E tudo aconteceria apenas porque Iahweh, por amor ao seu santo Nome, restauraria o seu povo para que eles glorificasse e fizesse valer a grandeza do seu santo nome. Portanto, é dever do povo de Deus reverenciar e santificar o nome do Senhor, por que ele é Santo.

Retirado do Novo Comentário da Bíblia - Vida Nova

O Decálogo - Um Modelo Para o Exercício de Boas Obras (parte III)

Martinho Lutero atribui ao decálogo a qualidade de ser o modelo, o extrato, o sumário da doutrina divina para toda boa obra: "Temos, pois, os Dez Mandamentos, modelo de doutrina divina para o que devemos fazer, a fim de que toda nossa vida agrade a Deus, e a verdadeira fonte e canal de que deve manar e por que deve fluir tudo quanto quer ser boa obra. Fora dos Dez Mandamentos, por grande e preciosa que seja aos olhos do mundo".
Vimos que as multiformes obras de misericórdia e diaconia, a defesa da honra, da propriedade e da vida do próximo, bem como as ações sociais, que visam o bem-estar social e comunitário, emanam das versões construtivas dos dez mandamentos. O cristão anda nas boas obras que Deus preparou de antemão para ele (Ef 2.10). Estas já não são obras da carne, mas obras que nascem do Espírito Santo em nossas vidas e glorificam a Deus. Seu exercício é fruto do senhorio de Cristo em nossa vida. Cristo nos libertou do domínio do eu, do pecado, da incredulidade, para andarmos em novidade de vida. Por isso "o decálogo é lei de vida, revelada por Deus, para toda vida que está sob o senhorio de Cristo. É a libertação de domínio alienígena e de arbitariedade autônima. A que crê, o decálogo se revela como a lei do Criador e Reconciliador. O decálogo delimita o espaço dentro do qual uma livre obediência da vida mundana se torna possível. Ele liberta para uma vida para uma vida livre sob o senhorio de Cristo.
- Almeja glorificar a Deus em suas palavras, pensamentos e ações para que o mundo creia em Jesus Cristo? Isto não seria um modelo de transformação da sociedade? Tudo pode começar por mim e você.


Retirado do Livro "A Ética dos Dez Mandamentos" - H. Ulrich Reifler - Ed. Vida Nova.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Decálogo - Um Modelo para a Vida Abundante (parte II)

A observância do Decálogo abre o caminho para a vida abundante. Ele mesmo contém a promessa de bênção: "... faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os mandamentos" Êx 20.6; Dt 5.10). Repetidas vezes Deus promete Sua bênção aos que guardam diligentemente Seus mandamentos: "Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais..." (Dt 4.1). Levítico 26.3-13; Deuteronômio 5.33; 7.12-26 e Deuteronômio 28.1-14 também mostram as bênçãos decorrentes da obediência aos Dez Mandamentos.
Lutero finaliza a exposição do decálogo realçando a rica bênção do Senhor sobre os que o observam: "Disso se vê mais uma vez a que altura se devem elevar e exaltar os Dez Mandamentos, acima de todos os estados, preceitos e obras que se ensinam e inculcam fora deles. Porque aqui podemos lançar a luva dizendo: que se adiantem todos os sábios e santos, e vejamos se podem produzir uma obra como esses mandamentos, que Deus requer com tanta seriedade e ordena sob pena de Sua maior ira e castigo. Além disso, acrescenta uma promessa tão gloriosa: que nos quer acumular de todos os bens e bênçãos. Razão por que sem dúvida os devemos ter por preciosos e valorizá-los acima das demais doutrinas, como o maior dos tesouros que Deus nos deu".
O profeta Isaías reconhece que, se tivesse dado ouvidos aos mandamentos do Senhor, o povo escolhido não teria passado pelo exílio, mas sim desfrutado da vida abundante. Então, a paz do Senhor seria como um rio e Sua justiça, como as ondas do mar (Is 48.18).
Mas será possível viver conforme os Dez Mandamentos? Calvino está convicto de que homem nenhum jamais poderá cumprir a lei integralmente. Só Cristo é o real cumprimento da lei. Não temos condição moral própria de viver conforme os Dez Mandamentos, a não ser que Cristo em nós nos capacite pela fé, de maneira que o preceito da lei se cumpra em nós que andamos no Espírito Santo (Rm 8.4). O fato de o "eu" não conseguir cumprir integralmente a lei moral de Deus ainda não constitui uma justificativa para afirmar que a lei não precisa ser observada, guardada e cumprida. O andar no Espírito recebe então um lugar de destaque no que diz respeito ao cumprimento da lei moral de Deus em nossos dias. Chegou a hora de descobrirmos que o Espírito Santo revitaliza o cumprimento da lei moral de Deus. Dessa forma, a lei moral de Deus não se torna um pesadelo para o Cristão nem uma obrigação penosa e opressora. Pelo contrário, o desejo de realmente guardar os mandamentos de Deus nasce de nossa comunhão com Cristo: "Se guardades os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos do meu Pai, e no seu amor permaneço" (Jo 15.10); "... sabemos que temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (1Jo 2.3,4).

Retirado do Livro "A Ética dos Dez Mandamentos" de Ulrich Reifler - Editora Vida Nova.

sábado, 6 de novembro de 2010

Os Dez Mandamento - Um Modelo Para a Transformação da Sociedade

O Decálogo não é apenas um Modelo para o exercício de boas obras e um meio para a vida abundante; é também um Modelo exemplar para a transformação da sociedade. Na época de Moisés (c. 1 300 a.C.), Javé já havia afirmado que Seus Mandamentos seriam um catalisador de transformação reconhecido pelos gentios (Dt 4.6).
A Obediência simples ao Decálogo transforma as atitudes do homem para com o seu próximo. Em vez de assassinar um inimigo pessoal, ele o abençoa; em vez de furtar, ele trabalha e ajuda ao necessitado; em vez de dizer falso testemunho, pratica e diz a verdade; em vez de roubar a mulher do próximo, vive na pureza sexual e apóia o matrimônio monogâmico. Em vez de guardar para si a fé e a experiência do senhorio de Cristo, brilha como luz e penetra como sal neste mundo (Mt 5.14-16); não conserva este na situação em que se encontra, mas transforma-o com o amor, a paz e a esperança de Deus. Ele assume responsabilidade no mundo e pelo mundo, que é objeto do amor e da paciência divina. Não se conforma com a injustiça, a miséria e a desonestidade generalizada. É um exemplo de devoção e fidelidade a Cristo em seu lar, no trato com os seus vizinhos, no exercício de boas obras, na profissão e nos deveres e responsabilidades civis, para que o reino do Senhor venha e sua vontade seja feita tanto nos céus como na terra. Almeja glorificar a Deus em suas palavras, pensamentos e ações para que o mundo creia em Cristo Jesus. Isto não seria um modelo de transformação da sociedade? 

Fonte: Livro "A Ética dos Dez Mandamentos" de Hans Ulrich Reifler.